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Câncer de próstata é o segundo que mais mata os homens, atrás somente do de pulmão

 

Alto-astral, esportista, atento com a alimentação e em cultivar bons pensamentos. Brincalhão, com boas tiradas, o construtor aposentado José Gonçalves da Silva Mendes, de 82 anos, é dessas pessoas de bem com vida e que exala sabedoria diante dos obstáculos que se apresentam. Ele faz parte do grupo que sabe lidar com o estresse e não deixa a angústia ou o desânimo colocá-lo pra baixo. Há pouco mais de dois anos, ele teve diagnóstico de câncer de próstata e encarou 37 aplicações de radioterapia para vencer a doença. Mesmo para os fortes, confessa, foi um susto e tanto. “Na realidade, vacilei. Para não dizer que errei ao não fazer os exames necessários. Só fui fazer o toque retal depois dos 80, com anos de atraso, mesmo com a família insistindo. O resultado foi que já estava num estágio grave, no penúltimo grau. Foi um choque.”

A reação positiva ao tratamento ocorreu ainda porque ele tem boa saúde, não tinha nenhum outro problema. “Sem dúvida, isso me ajudou muito. E acredito que o fato de não ter omitido o câncer, de ter falado para a família, aberto o assunto, também contribuiu. Não me incomoda tocar no assunto, até para alertar as outras pessoas. O grande risco é não fazer os exames, tanto o toque retal quanto o controle do PSA. De preferência, anual. Na época em que descobri a doença, o meu PSA era 11, hoje está menos de um. É preciso vigiar. Não sou o típico homem com medo de médico, no entanto, por ser assintomático – não sentia nada, nenhuma dor -, acabei me descuidando. Temos de dar atenção ao nosso corpo”, aconselha.

 

MATA 

O câncer de próstata é o segundo que mais mata os homens. Conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), para o Brasil, estimam-se 68.220 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens. Ele é considerado câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

 

Informação é tudo
Médicos alertam sobre a necessidade de incluir o urologista na lista do checape anual que todo homem deve fazer. Tratamento está avançado e a cura é de 90% com diagnóstico inicial 

 

CURA 

O câncer de próstata tem alto índice de cura, principalmente se descoberto na fase inicial. Francisco Bretas enfatiza três fatores principais que propiciam a cura: “As chances serão maiores se o PSA for abaixo de 10, se o tumor não tiver células muito agressivas e, por último, se a lesão estiver restrita à cápsula de próstata (confinada dentro da glândula). Com esse quadro, o paciente tem grande possibilidade de cura. Esses três fatores, em geral, ocorrem em quem faz o controle prostático regular.”

 

Exames investigativos

» Toque prostático: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo, protegido por uma luva lubrificada, no reto. Esse exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata e detectar algum nódulo

» PSA: exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – antígeno prostático específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata

» Biópsia: para confirmar a doença é preciso fazer biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata, para serem analisados em laboratório. Ela é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

 

Números de casos 

» Brasil: estimam-se 68.220 casos novos de câncer de próstata para cada ano do biênio 2018-2019. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens

Fique atento aos principais fatores de risco… 

– Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada 10 homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos

– Histórico familiar: homens cujo pai ou irmão ou tio tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos

– Raça: homens negros

… e aos sintomas 

– Urinar com frequência e pouco de cada vez (ir ao banheiro várias vezes à noite)

– Dificuldade para urinar (jato urinário fraco)

– Presença de sangue na urina ou no sêmen